sábado, 2 de março de 2013

Início do ano letivo nas escolas municipais

Nesta segunda feira, quatro de março, terá início o ano letivo nas escolas municipais de São Vicente Férrer.

Nesta semana a Secretaria de Educação divulgou o quadro de professores para cada escola e reuniu com os eles para primeiras orientações.

sexta-feira, 1 de março de 2013

SÃO VICENTE FÉRRER NO CONTEXTO AGROEXPORTADOR DO XIX.

Estes documentos enfatizam a escravaria existente em São Vicente Férrer no século XIX.


A Economia da Freguesia de São Vicente Férrer inicia com a implantação das missões religiosas na região e acaba sendo alavancada com a utilização da mão de obra escrava, assim como em outras áreas, iniciando com a indígena e passando em seguida para a escrava.
A distribuição das Cartas de Sesmarias possibilitou que os colonos se estabelecessem com sua escravaria e pudesse, assim, cultivar algodão e arroz, que chegavam aos mercados europeus através dos Portos de São Luís e Alcântara.
Plantava-se ainda mandioca, mamona, fumo e café. Chegou um período de crise com relação à exportação de algodão e as autoridades da época incentivaram o cultivo da cana de açúcar.
Em São Vicente Férrer a atividade açucareira foi bastante aproveitada, além do açúcar era produzido aguardente e mel.
Através de Pesquisa no Arquivo Público do Maranhão é possível perceber através da análise documental a quantidade de engenhos e pela quantidade de escravos que São Vicente Férrer estava no contexto agroexportador do XIX.
Nas imagens abaixo é possível observar ruínas de um engenho importante no Povoado Juçaral e de um antigo engenho no Povoado Juçara, que foi herdado através das gerações e hoje ainda é produtor de cachaça e alguns outros derivados.
Juçaral

Juçaral

Juçaral

Juçara

Juçara

Juçara

Juçara


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Praça da Matriz de São Vicente Férrer

A Praça da Matriz de São Vicente Férrer foi construída na administração do prefeito Manoel Saraiva de Freitas e inaugurada em outubro de 1986.





Breve História da Igreja Matriz de São Vicente Férrer

A autorização para construção da Igreja Matriz data de 25 de outubro de 1830 e foi assinada pelo vigário encomendado Francisco de Paula e Silva, na época a povoação ainda era chamada de Frexeiras.
A Igreja já passou por processos de reconstrução no período do padre Eydes e também em 1960. As fotos disponíveis mostram a Igreja atualmente e os resultados das reformas mais recentes.




ARARUTA: SABOR VICENTINO ESQUECIDO



 Esta semana o presente de um pote de fécula de araruta fez-me despertar para pesquisar mais a respeito desse alimento que há alguns anos era bastante produzido em São Vicente Férrer, meu pai inclusive tinha uma vasta plantação de araruta, mas ao longo dos anos foi  perdendo a prática com essa produção, hoje em dia são poucos os agricultores que dedicam-se a esse tipo de plantio.
INFORMAÇÕES SOBRE A ARARUTA
"Araruta" é oriundo do termo aruaque aru-aru, "farinha de farinha"
A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de araruta nas Américas há, pelo menos, 7 000 anos.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten. Considerada como um alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. Por esta característica, é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode se produzir papel com a araruta.
 Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta.
O senhor Rosalino Mendes Diniz é um dos poucos agricultores que ainda cultivam a araruta, ele mantem uma significativa plantação no Povoado Caminho Novo e tem se preocupado em deixar para seus familiares mais próximos o desejo de continuar cultivando esse gostinho vicentino que tem sido esquecido através dos anos.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Inscrições na Plataforma Freire abertas de 11 de fevereiro a 18 de março

Se você é professor Classe C ou B e atua com Atividades, Geografia, História, Matemática, Ciências e Português e quer fazer a progressão para Classe A, faça a sua pré-inscrição no PARFOR.
Professores de disciplinas extintas que atuam nas áreas supra-citadas também podem se inscrever.
Prezado Professor (a) Classe C, Classe B e de áreas extintas,
Para ter acesso a Plataforma Freire, o professor deverá fazer um cadastro no site. Para isso, clique aqui, ou acesse http://freire.mec.gov.br/index/calendario, escolha uma opção e faça o preenchimento dos dados, como o CPF, Nome, crie uma senha de acesso (com quatro letras e dois números), preencha um campo destinado ao seu e-mail (se não tiver e-mail, crie na propria Plataforma).
Após o Cadastro na Plataforma Freire, clique em Retornar à Plataforma Freire, clique em já sou cadastrado, informa CPF e senha e clica em autenticar, a partir dai aparecerá a tela principal da plataforma. Entre a série de ícones informativos, ele vai encontrar o currículo do professor.
Após estar cadastrado o professor terá uma diversidade de funções úteis para vários programas de educação e aperfeiçoamentos básicos.
O período para inscrição é de 11 de fevereiro à 18 de março.
Vale ressaltar que  a pré-inscrição não garantirá a matrícula. A efetivação da matricula está condicionada à comprovação dos requisitos para a participação e às normas e procedimentos acadêmicas da Instituição de Educação Superior – IES ofertante do curso.

Reitor da UEMA e Coordenadora do Darcy Ribeiro recebem Prefeitos de 22 municípios sedes do Programa

 O encontro acontecerá nesta quarta, 27, no auditório do Cecen/UEMA em São Luís
Na próxima quarta-feira, 27, o Reitor da Universidade Estadual do Maranhão e a Coordenação Geral do Programa Darcy Ribeiro, receberão prefeitos e secretários de educação de 22 municípios que sediam o Programa.
Com início às 14h, no auditório do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais da UEMA (CECEN), o Encontro tem como meta apresentar a estrutura atual do Darcy Ribeiro aos prefeitos e secretários de educação, bem como renovar os Convênios de Cooperação Técnica firmados entre a UEMA e as prefeituras municipais.
“É de suma importância a renovação da parceria entre a UEMA e as prefeituras municipais, visto que, as prefeituras fornecem a infraestrutura dos polos do Programa em cada município e a UEMA subsidia os aspectos pedagógicos. A presença dos secretários de educação nesta reunião também é fundamental, tendo em vista a presença de professores advindos da Plataforma Freire cursando o Darcy Ribeiro”, afirma a Coordenadora Geral do Darcy Ribeiro, Andrea Gomes de Azevedo Cutrim
O Darcy Ribeiro atua hoje com o objetivo de diminuir o déficit de professores no Maranhão; assim, possui 43 Polos de Ensino Superior implantados nos municípios do Estado. Cada Polo do Programa congrega de três a cinco municípios, em função das demandas, do limite de vagas, da localização geográfica, da malha viária e das Unidades Administrativas do Maranhão.
Com implantação no ano de 2009, o Programa Darcy Ribeiro ocorre por meio de convênios, concretizando dessa forma a parceria entre a UEMA, Prefeituras e Secretaria de Estado da Educação: todos em prol da melhoria educacional do Maranhão.
Foram convidados para a reunião os prefeitos e secretários de educação dos municípios de Açailândia, Amarante do Maranhão, Arari, Barra do Corda, Barreirinhas, Bequimão, Carolina, Cidelândia, Codó, Coelho Neto, Cururupu, Grajaú, Icatu, Loreto, Mirinzal, Pinheiro, Porto Franco, Rosário, São Bento, São Mateus, Timon e Viana.
O que?
Reunião com Prefeitos e Secretários de Educação de 22 municípios que sediam o Programa Darcy Ribeiro
Quando?
Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Onde?
Auditório do CECEN-UEMA (Campus Paulo VI, São Luís-MA)


Lugar: Programa Darcy Ribeiro (Uema)/São Luís
Fonte: Ascom Darcy – Walline Alves
Data do Cadastro: 25/02/2013


XXVII Simpósio Nacional de História - ANPUH-BRASIL - 2013

a Anpuh-Brasil tem a satisfação de convidar a comunidade de pesquisadores para o XXVII Simpósio Nacional de História, evento que ocorrerá de 22 a 26 de julho de 2013 na UFRN, em Natal - RN.

O período de inscrições de propostas de simpósios temáticos e minicursos já se iniciou e irá até o dia 02 de dezembro de 2012. Acessem o site do evento: http://www.snh2013.anpuh.org/site/capa

III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista: impressos no Brasil do Século XIX

Já está no ar o site do III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista: impressos no Brasil do Século XIX, que acontecerá de 04 a 07 de junho de 2013:]Faça suas inscriçõesm em: http://www.outrostempos.uema.br/oitocentista/#

 Acompanhe as datas:

Calendário

Inscrição de comunicações:
1 de março a 21 de abril de 2013.
Divulgação das comunicações aprovadas:
A partir de 5 de maio de 2013.
Inscrição de ouvintes:
6 de maio até 3 de junho de 2013.

 

Programação


Horário/Dia 4/6 5/6 6/6 7/6
09:00 12:00 Credenciamento Simpósios Temáticos Simpósios Temáticos Simpósios Temáticos - Encerramento
14:30 16:30 Credenciamento Mesa Redonda 1 Mesa Redonda 3 -
17:00 19:00 Credenciamento Mesa Redonda 2 Mesa Redonda 4 -
19:30 Solenidade de Abertura / Conferência Lançamento de livros - -


Conferência de abertura
Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves (UERJ)

Mesa Redonda 1 – Imprensa e escravidão: a abolição nos impressos
Humberto Fernandes Machado (UFF)
Isabel Cristina Ferreira dos Reis (UFRB)
Tatiana Raquel Reis Silva (UEMA)

Mesa Redonda 2 – Literatura de viajantes nas impressões do oitocentos
Alan Kardec Gomes Pachêco Filho (UEMA)
Candice Vidal e Souza (PUC-MG)
Glória Kok (UNICAMP)

Mesa Redonda 3 – Impressos na transição do mundo luso-brasileiro
Marcello Otávio Neri de Campos Basile (UFRRJ)
Marcelo Cheche Galves (UEMA)

Mesa Redonda 4 – Projetos políticos na construção do Império
Andréa Slemian (UNIFESP)
Regina Helena Martins de Faria (UFMA)
Yuri Costa (UEMA)

Simpósios


1. Imprensa, representações e identidades.
Dra. Tatiana Raquel Reis Silva (UEMA)
Resumo: Um longo debate acerca da utilização dos jornais como fontes de pesquisa para a história inicia em fins do século XX. Naquela conjuntura foi perceptível a importância dos periódicos para o enriquecimento historiográfico, na medida em que possibilitavam uma maior compreensão acerca dos comportamentos, representações e práticas de uma dada sociedade. Dessa forma, os jornais se tornaram fontes fundamentais para o estudo de temáticas diversas. Assim, o presente simpósio tem como campo de debate questões ligadas a produção de escritos sobre o gênero e representações acerca do feminino, práticas culturais e festivas; a imprensa negra no pós-abolição, memórias da escravidão e reconfiguração de identidades.

2. Produção, posse, comércio e circulação de impressos no Brasil oitocentista.
Dr. Marcelo Cheche Galves (UEMA)
Resumo: Esse simpósio se insere no trabalho enfrentado por pesquisadores nos últimos anos no intuito de recuperar registros, e oferecer interpretações, sobre uma sociedade letrada, já na transição do mundo luso-brasileiro nas primeiras décadas do XIX. Distantes de uma história por vezes acusada de “elitista”, interessa-nos a difusão da palavra escrita (e ouvida) nos debates políticos, nas práticas comerciais – incluindo a comercialização dos próprios impressos, no âmbito familiar e na difusão de uma literatura oscilante entre o livro e o folhetim. Assim, priorizaremos trabalhos voltados para a análise de jornais e folhetos, círculos literários, comércio de livros, trajetória de publicistas e outras temáticas relacionadas à produção, posse, comércio e circulação de impressos ao longo do oitocentos.

3. O espaço da política nos estudos sobre os Oitocentos.
Dra. Regina Helena Martins de Faria (UFMA)
Resumo: Até o início do século XX, a produção historiográfica era basicamente de história política. Sob influência da chamada Escola dos Annales e das abordagens marxistas, as temáticas políticas perderam importância, tornaram-se (mal)ditas. Porém, nas últimas décadas, elas voltaram a despertar o interesse dos historiadores e vive-se o que foi denominado “retorno da história política”. As velhas temáticas ressurgiram, trabalhadas com novos questionamentos, novas fontes e abordagens. E novas temáticas são construídas num movimento incessante, que se beneficia do diálogo interdisciplinar que a história trava com a Filosofia, a Ciência Política, a Sociologia, a Antropologia, o Direito e outros saberes. Nesse contexto, este seminário temático se propõe ser um espaço de diálogo para historiadores e estudiosos de outras áreas das ciências humanas e sociais, que tenham pesquisas acerca de temas e abordagens relacionadas ao mundo da política nos Oitocentos, a saber: Estado, micro poderes, jogos políticos, cultura política e ideias políticas.

4. História e Literatura.
Dr. José Henrique de Paula Borralho (UEMA) / Dra. Ana Maria Koch (UFPI)
Resumo: Este simpósio tem por objetivo reunir estudos sobre as relações entre História e Literatura no Brasil do século XIX a partir de como esses campos produzem categorias analíticas para a compreensão do Brasil naquela centúria, pensando questões como raça, meio, identidade e desempenho de políticas públicas feitas por literatos.

5. História, sertão e memória.
Dr. Alan Kardec Gomes Pachêco Filho (UEMA)
Resumo: Este simpósio pretende reunir estudos sobre o sertão brasileiro no século XIX, a partir de concepções como cultura política, memória sertaneja e compreensão do papel dos rios na formação de uma rede de comércio regional e nacional.

6. Sociedade, Economia e Trabalho no Brasil Oitocentista. Dr. Théo Lobarinhas Piñeiro (UFF)
Resumo: Os estudos em História Econômico-Social estão retomando vigor nos últimos anos, o que certamente se liga às sucessivas crises ocorridas nas últimas décadas. A renovação dos objetos e metodologias, a abrangência de perspectivas teóricas e os novos debates – tanto no campo da História, quanto da Economia – possibilitaram releituras e contribuições para a área. Particularmente o século XIX tem se revelado como um momento chave na construção das múltiplas formações econômico-sociais do Brasil. Diversidade e estudos regionais, crescimento econômico, modernização versus permanência, relações mercantis e de produção são alguns dos objetos que essa renovada História Econômico-Social têm lançado novas luzes. O Simpósio Sociedade, Economia e Trabalho no Brasil Oitocentista se estrutura a partir de quatro eixos: 1) Teoria e Metodologia em História Econômico-Social; 2) Instituições econômicas: agentes e agências; 3) Políticas Públicas; 4) Produção, Comércio e Crédito 5) Escravidão e Trabalho Livre.

7. As instituições escolares no Maranhão oitocentista. Dr. César Augusto Castro (UFMA)
Resumo: Os estudos históricos sobre as instituições escolares têm se constituído num campo relevante para a História da Educação brasileira e maranhense. Compreender os processos de constituição da escola e os seus diferentes materiais, sujeitos e conteúdos curriculares contribui para entendermos o lugar e as lutas para organização do espaços escolares destinados a atender públicos vários como o infantil, o adolescente e o feminino. Esse simpósio temático objetiva reunir trabalhos que tenham como foco a história da escola, seus artefatos de leitura e escrita, seus agentes e ideias em circulação nos oitocentos.

8. Culturas, Representações, Festas, religiosidades e cotidiano no Brasil oitocentista. Dra. Julia Constança Pereira Camêlo (UEMA)
Resumo: A História Cultural é, atualmente, um consolidado campo de produção historiográfica. Dentro desta perspectiva, o presente simpósio temático visa contemplar apresentações de comunicações orais que perpassam discussões acerca do universo cultural brasileiro no século XIX. O simpósio temático será articulado em eixos que versam sobre a cultura popular e institucionalizada, literatura, religiosidades, festas e cotidiano.

9. Catolicismo no Brasil Oitocentista: Fontes, Arquivos e Abordagens históricas. Dr. Lyndon de Araújo Santos (UFMA)
Ms. Joelma Santos da Silva (IFMA – Santa Inês)
Resumo: Este simpósio temático propõe-se discutir, desde a perspectiva histórica e da prática historiográfica, as fontes e os arquivos disponíveis para a pesquisa sobre o catolicismo no Brasil. A constituição e a configuração das fontes documentais, bem como o processo e as formas de organização destas em arquivos, sobretudo os Arquivos Públicos, são objetos de análise para os historiadores. Esta análise precede necessariamente às abordagens históricas sobre a religião católica em suas variadas manifestações no cotidiano da sociedade oitocentista brasileira. Este cotidiano foi permeado de relações sociais atravessadas pelos valores religiosos de matriz católica-romana, pelas representações simbólicas do imaginário religioso e pela presença da instituição religiosa por meio de sua hierarquia. Sendo assim, a discussão a partir da análise das fontes se dará também sobre a própria historiografia religiosa produzida com base nestas fontes. Outras temáticas serão contempladas tais como as relações entre Igreja e Poder Público, ensino religioso e instrução pública, catolicismo e outras religiões (protestantismo, cultos afro, espiritismo).

10. Festas, Rituais e Impressos.
Dr. Antonio Evaldo Almeida Barros (UFMA)
Resumo: Os repertórios e organizações festivos, ritualísticos e comemorativos podem constituir ocasião significativa para se perceber especificidades dos processos sociais em diferentes tempos e espaços, sendo capazes de traduzir experiências, expectativas e imagens sociais daqueles que os realizam, apresentando-se como objeto privilegiado das Ciências Humanas e, cada vez mais, da Historiografia, para se estudar e reconstituir os movimentos de uma determinada coletividade, população, região, nação. Através da análise desses repertórios pode-se perguntar sobre como as pessoas interpretam o mundo, conferem-lhe significado e lhe influem emoção, afinal, como sugeriria o historiador Robert Darnton, as pessoas pensam com coisas ou com qualquer material que sua cultura lhes ponha à disposição, como histórias e cerimônias. Portanto, este simpósio, no qual se pretende continuar reflexões sobre o festivo anteriormente realizadas – a exemplo da Mesa Redonda “Festas, Rituais e Identidades” (Encontro Humanístico, UFMA, 2009) e do ST “Festas, Rituais e Comemorações” (ANPUH-MA 2012), consiste num espaço aberto para análises acerca desses fenômenos plurais no Brasil oitocentista, destacando-se seu registro e disseminação particularmente na produção escrita e imagética do período. Através e em conjunto com o mundo impresso do Brasil do século XIX é possível analisar esses fenômenos, que provocam reações variadas dependendo dos contextos e circunstâncias nos quais ocorrem, manifestando-se como ocasião particular para se reconstituir experiências de diferentes e desiguais sujeitos e para se perceber, de maneira particular, visões de mundo e práticas dos setores, grupos e sociedades que os realizam.

Procurador fala sobre ação para anular lei em São Vicente Ferrer, MA

Juraci Guimarães Júnior fala sobre ação para
anular lei (Foto: Paulo Soares/O Estado)

O procurador da República no Maranhão, Juraci Guimarães Júnior, falou ao G1 sobre a ação para anular uma lei municipal aprovada em São Vicente Ferrer, MA. Matéria exibida no Jornal Nacional do último sábado (23) mostrou que a Câmara de Vereadores local autorizou uma lei que proíbe a fiscalização de motociclistas na cidade e, ainda, permite que os condutores transitem sem habilitação. (Veja no vídeo abaixo)

Juraci Júnior interpreta que a lei deveria ser nula, já que conflita com o Código de Trânsito Brasileiro. No entanto, como foi aprovada, somente os meios processuais podem anulá-la agora. "É necessária uma ação específica, que foi encaminhada à Procuradoria Geral da República (PGR) e vai ser enviada para avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF). É uma lei que só o STF pode afastar. Estamos alegando a inconstitucionalidade, já que o caso trata de preceitos fundamentais como a proteção à vida, à integridade física da população, na contramão da proteção à saúde", declarou.
A lei, segundo o procurador, usurpa a competência do Congresso Nacional. "Proibir blitzen, andar de moto sem habilitação, são autorizações que vão além da competência da câmara, que só pode agir em questões de trânsito como sentidos, vias, e não sobre uma lei nacional que trabalha com o Código de Trânsito Brasileiro", explicou.

O procurador disse ainda esperar que, com a repercussão negativa, a própria Câmara de Vereadores reverta a decisão e revogue a lei. "Foi uma surpresa quando o Ministério Público do estado nos informou. Sabemos a realidade dos municípios do interior, que é comum que as pessoas andem sem capacete e sem habilitação, é uma realidade. Mas é inaceitável que a própria câmara municipal incentive essa conduta, incentive a banalização da vida", disse.

Ele lembrou ainda que é a falta de rigor em fiscalizações que torna possível incidentes como o ocorrido na boate em Santa Maria, RS, onde mais de 200 jovens morreram após incêndio. "É uma exigência da sociedade brasileira, que clama por mais rigor nas fiscalizações. Uma forma de garantir a proteção à vida, à integridade das pessoas, e a lei vai na contramão disso", completou.
Entenda
Em 2011, ao tomar ciência da falta de fiscalização na cidade, o promotor de Justiça Tharles Alves realizou uma audiência pública para discutir com o Departamento de Trânsito do Maranhão (Detran-MA), com os órgãos locais de fiscalização e com a sociedade, soluções para o trânsito caótico na cidade.
Vendo a movimentação da promotoria, que pretendia tornar mais rigorosa a fiscalização no trânsito, os vereadores então propuseram o projeto de lei nº 008/2011, apresentado pelo vereador José Carlos Pinheiro Alves. A proposta foi aprovada em agosto de 2011 pela câmara municipal e a lei, sancionada pela prefeitura municipal. Fonte: G1

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O HUMOR:UMA EXCELENTE FERRAMENTA DE CRÍTICA


26 de fevereiro, dia do comediante

Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, “comédia” é o que é engraçado, que faz rir.
História
Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o cômico está baseado no fato de uma ou mais personagens serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público (que sabe de tudo) vai rindo cada vez mais.
Comédia grega
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas da platéia.
A importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a todo tipo de ideia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia: governantes, nobres e nem ao menos os Deuses (como pode ser visto, por exemplo, no texto As Rãs, de Aristófanes).
Atualmente
Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da indústria do entretenimento.
Assim, atualmente, não há grande distinção entre a importância artística da tragédia (mais popularmente conhecida simplesmente como drama) ou da comédia. Em defesa do gênero, o crítico de artes Rubens Ewald Filho lembra o ditado: “Morrer é fácil, difícil é fazer comédia”. De fato, entre os artistas, reconhece-se que para fazer rir é necessário um ritmo (conhecido como timing) especial que não é dominado por todos.
É difícil analisar, cientificamente, o que faz uma pessoa rir ou o que é engraçado ou não. Mas uma característica reconhecida da comédia é que ela é uma diversão intensamente pessoal. Para rir de um fato é necessário re/conhecer (rever, tornar a conhecer) o fato como parte de um valor humano – os homens comuns – a tal ponto que ele deixa de ser mitológico, ameaçador e passa a ser banal, corriqueiro, usual e pode-se portanto rir dele. As pessoas com frequência não conseguem achar as mesmas coisas engraçadas, mas quando o fazem isso pode ajudar a criar laços poderosos.

O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo.
A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos. Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro fluidos corporais (ou humores) que se considerava serem responsáveis por regular a saúde física e emocional humana.
O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da condição humana. O homem é o único animal que ri, e através dos tempos a maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes e correntes de pensamento.
Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sócio-cultural. Expressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma época, como é o caso, por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do brasileiro Martins Pena.
Um estudo do humor
Apesar de o humor ser largamente estudado, teorizado e discutido por filósofos e outros, permanece extraordinariamente difícil de definir, quer na sua vertente psicológica quer na sua expressão, como forma de arte e de pensamento. Na verdade, o que é que o distingue de tantos outros aspectos do cômico, como a ironia ou a sátira? A ironia é uma simulação sutil de dizer uma coisa por outra. A ironia não pretende ser aceita, mas compreendida e interpretada. Para Sócrates, a ironia é uma espécie de “docta ignorantia”, ou seja, “ignorância fingida” que questiona sabendo a resposta e orientando-a para o que quer que esta seja. Em Aristóteles e S. Tomás de Aquino, a ironia não passa de uma forma de obtenção de benevolência alheia pelo fingimento de falta de méritos próprios.
A partir de Kant, assentando na ideia idealista, a ironia passa a ser considerada alguma coisa aparente, que como tal se impõe ao homem vulgar ou distraído. Corrosiva e implacável, a sátira é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma divertida, para fulminar abusos, castigar, rir, os costumes, denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes, vingar injustiças& Umas vezes é brutal, outras mais sutil.
Já o humor é determinado essencialmente pela personalidade de quem ri. Por isso, pode-se pensar que o humor não ultrapassa o campo do jogo ou os limites imediatos da sanção moral ou social, mas este pode subir mais alto e atingir os domínios da compreensão filosófica, logo que o emissor penetre em regiões mais profundas, no que há de íntimo na natureza humana, no mistério do psíquico, na complexidade da consciência, no significado espiritual do mundo que o rodeia.
Pode-se, assim, concluir que o humor é a mais subjectiva categoria do cómico e a mais individual, pela coragem e elevação que pressupõe. Logo, o que o distingue das restantes formas do cómico é a sua independência em relação à dialéctica e a ausência de qualquer função social. Trata-se, portanto, de uma categoria intrinsecamente enraizada na personalidade, fazendo parte dela e definindo-a até. É por isso que se diz Há tantos humores como humoristas..
Ludus est necessarius ad conversationem humanae vitae. O humor é necessário para a vida humana. (S. Tomás de Aquino) Através desta afirmação, percebe-se que, da mesma maneira que o sono está para o repouso corporal, também o humor está para o repouso da alma. Esta analogia entre o sono e o humor é bastante explícita, no que diz respeito à importância do humor na vida do Homem. É por isto que o humor é considerado por S. Tomás de Aquino um “bem útil”, e prossegue, considerando ainda que o humor pode ser um vício por excesso, ou seja, por falta de controlo e medianiedade no uso deste. Aqueles que exageram no brincar tornam-se inoportunos, por querer fazer rir constantemente, ao invés tentar não dizer algo imoral e mesmo agressivo para com aqueles a quem a brincadeira é dirigida. O humor pode também ser um vício por ausência deste. Aqueles que carecem de humor, irritam-se com os que o usam e tornam-se frios e distantes, não deixando a sua alma repousar pelo uso do humor. Como no meio é que está a virtude, aqueles que usam convenientemente o humor, têm a capacidade de converter as coisas que se dizem ou fazem em riso.

Teorias do humor

Teorias da superioridade
Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da sensação de superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma situação. Traduz-se o riso como uma resposta a uma “gloria repentina” advinda da percepção de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não somente pela depreciação do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo gramaticais.
Teorias da incoerência
A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação cômica, sendo a mesma identificada como uma “experiencia frustrada”. Immanuel Kant alegava que o humor surge da “transformação repentina de uma grande expectativa para o nada”. O humor é tido como a dissolução violenta de uma atitude emoção, que e produzida pela associação de duas idéias inicialmente distantes. Segundo estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se estabeleça forte relação entres ambos.
Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial que este esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na piada. Da mesma forma, o comediante, deve se inteirar sobre os aspectos sócio-culturais do público para que consiga estabelecer relações inusitadas para aquela plateia, uma vez certas relações podem parecer inusitadas para um grupo e não para outro.
Teorias do alívio
Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que esta tensão é resultado da ação da “censura”, nome que deu às proibições internas que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud, o humor, seria uma forma de enganar a censura e portanto provocar alívio e por conseguinte o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada por uma idéia que não denote algo proibido. Como um insulto dito como um elogio. Fonte: Portal Angel