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26 de fevereiro, dia do comediante
Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar
um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral,
“comédia” é o que é engraçado, que faz rir.
História
Uma das principais características da comédia é o engano.
Frequentemente, o cômico está baseado no fato de uma ou mais personagens
serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai
sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público (que sabe de
tudo) vai rindo cada vez mais.
Comédia grega
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte
era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da
tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para
diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata
essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os
homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado
através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os
antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de
tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na
sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas
da platéia.
A importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a
todo tipo de ideia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu
surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia:
governantes, nobres e nem ao menos os Deuses (como pode ser visto, por
exemplo, no texto As Rãs, de Aristófanes).
Atualmente
Hoje a comédia encontra grande espaço e
importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera:
política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é
extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da
indústria do entretenimento.
Assim, atualmente, não há grande distinção entre a importância
artística da tragédia (mais popularmente conhecida simplesmente como
drama) ou da comédia. Em defesa do gênero, o crítico de artes Rubens
Ewald Filho lembra o ditado: “Morrer é fácil, difícil é fazer comédia”.
De fato, entre os artistas, reconhece-se que para fazer rir é necessário
um ritmo (conhecido como timing) especial que não é dominado por todos.
É difícil analisar, cientificamente, o que faz uma pessoa rir ou o
que é engraçado ou não. Mas uma característica reconhecida da comédia é
que ela é uma diversão intensamente pessoal. Para rir de um fato é
necessário re/conhecer (rever, tornar a conhecer) o fato como parte de
um valor humano – os homens comuns – a tal ponto que ele deixa de ser
mitológico, ameaçador e passa a ser banal, corriqueiro, usual e pode-se
portanto rir dele. As pessoas com frequência não conseguem achar as
mesmas coisas engraçadas, mas quando o fazem isso pode ajudar a criar
laços poderosos.
O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau
de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um
indivíduo.
A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos.
Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro
fluidos corporais (ou humores) que se considerava serem
responsáveis por regular a saúde física e emocional humana.
O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões
e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da
condição humana. O homem é o único animal que ri, e através dos
tempos a maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes
e correntes de pensamento.
Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba
paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sócio-cultural.
Expressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de
uma época, como é o caso, por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do brasileiro Martins Pena.
Um estudo do humor
Apesar de o humor ser largamente estudado, teorizado e discutido por
filósofos e outros, permanece extraordinariamente difícil de
definir, quer na sua vertente psicológica quer na sua expressão,
como forma de arte e de pensamento. Na verdade, o que é que o
distingue de tantos outros aspectos do cômico, como a ironia ou a
sátira? A ironia é uma simulação sutil de dizer uma coisa por
outra. A ironia não pretende ser aceita, mas compreendida e
interpretada. Para Sócrates, a ironia é uma espécie de “docta
ignorantia”, ou seja, “ignorância fingida” que questiona sabendo a
resposta e orientando-a para o que quer que esta seja. Em
Aristóteles e S. Tomás de Aquino, a ironia não passa de uma forma
de obtenção de benevolência alheia pelo fingimento de falta de
méritos próprios.
A partir de Kant, assentando na ideia idealista, a ironia passa a ser
considerada alguma coisa aparente, que como tal se impõe ao homem
vulgar ou distraído. Corrosiva e implacável, a sátira é utilizada
por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma
divertida, para fulminar abusos, castigar, rir, os costumes,
denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes,
vingar injustiças& Umas vezes é brutal, outras mais sutil.
Já o humor é determinado essencialmente pela personalidade de
quem ri. Por isso, pode-se pensar que o humor não ultrapassa o campo
do jogo ou os limites imediatos da sanção moral ou social, mas
este pode subir mais alto e atingir os domínios da compreensão
filosófica, logo que o emissor penetre em regiões mais profundas,
no que há de íntimo na natureza humana, no mistério do psíquico, na
complexidade da consciência, no significado espiritual do mundo
que o rodeia.
Pode-se, assim, concluir que o humor é a mais subjectiva categoria
do cómico e a mais individual, pela coragem e elevação que
pressupõe. Logo, o que o distingue das restantes formas do cómico é
a sua independência em relação à dialéctica e a ausência de
qualquer função social. Trata-se, portanto, de uma categoria
intrinsecamente enraizada na personalidade, fazendo parte dela e
definindo-a até. É por isso que se diz Há tantos humores como
humoristas..
Ludus est necessarius ad conversationem humanae vitae. O humor é
necessário para a vida humana. (S. Tomás de Aquino) Através desta
afirmação, percebe-se que, da mesma maneira que o sono está para o
repouso corporal, também o humor está para o repouso da alma. Esta
analogia entre o sono e o humor é bastante explícita, no que diz
respeito à importância do humor na vida do Homem. É por isto que o
humor é considerado por S. Tomás de Aquino um “bem útil”, e
prossegue, considerando ainda que o humor pode ser um vício por excesso,
ou seja, por falta de controlo e medianiedade no uso deste.
Aqueles que exageram no brincar tornam-se inoportunos, por querer
fazer rir constantemente, ao invés tentar não dizer algo imoral e
mesmo agressivo para com aqueles a quem a brincadeira é dirigida. O
humor pode também ser um vício por ausência deste. Aqueles que
carecem de humor, irritam-se com os que o usam e tornam-se frios e
distantes, não deixando a sua alma repousar pelo uso do humor. Como
no meio é que está a virtude, aqueles que usam convenientemente o
humor, têm a capacidade de converter as coisas que se dizem ou
fazem em riso.
Teorias do humor
Teorias da superioridade
Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da
sensação de superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma
situação. Traduz-se o riso como uma resposta a uma “gloria
repentina” advinda da percepção de superioridade por parte do
indivíduo. A superioridade pode se dar não somente pela depreciação
do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como
em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo
gramaticais.
Teorias da incoerência
A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação
cômica, sendo a mesma identificada como uma “experiencia frustrada”.
Immanuel Kant alegava que o humor surge da “transformação
repentina de uma grande expectativa para o nada”. O humor é tido
como a dissolução violenta de uma atitude emoção, que e produzida
pela associação de duas idéias inicialmente distantes. Segundo
estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente
mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se
estabeleça forte relação entres ambos.
Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial
que este esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na
piada. Da mesma forma, o comediante, deve se inteirar sobre os aspectos
sócio-culturais do público para que consiga estabelecer relações
inusitadas para aquela plateia, uma vez certas relações podem
parecer inusitadas para um grupo e não para outro.
Teorias do alívio
Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que esta
tensão é resultado da ação da “censura”, nome que deu às
proibições internas que impedem o indivíduo de dar forma aos seus
impulsos naturais. Segundo Freud, o humor, seria uma forma de
enganar a censura e portanto provocar alívio e por conseguinte o
riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada
por uma idéia que não denote algo proibido. Como um insulto dito
como um elogio. Fonte: Portal Angel
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