Nesta segunda feira, quatro de março, terá início o ano letivo nas escolas municipais de São Vicente Férrer.
Nesta semana a Secretaria de Educação divulgou o quadro de professores para cada escola e reuniu com os eles para primeiras orientações.
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
SÃO VICENTE FÉRRER NO CONTEXTO AGROEXPORTADOR DO XIX.
A Economia
da Freguesia de São Vicente Férrer inicia com a implantação das missões
religiosas na região e acaba sendo alavancada com a utilização da mão de obra
escrava, assim como em outras áreas, iniciando com a indígena e passando em
seguida para a escrava.
A
distribuição das Cartas de Sesmarias possibilitou que os colonos se
estabelecessem com sua escravaria e pudesse, assim, cultivar algodão e arroz,
que chegavam aos mercados europeus através dos Portos de São Luís e Alcântara.
Plantava-se
ainda mandioca, mamona, fumo e café. Chegou um período de crise com relação à
exportação de algodão e as autoridades da época incentivaram o cultivo da cana
de açúcar.
Em São
Vicente Férrer a atividade açucareira foi bastante aproveitada, além do açúcar era
produzido aguardente e mel.
Através de
Pesquisa no Arquivo Público do Maranhão é possível perceber através da análise
documental a quantidade de engenhos e pela quantidade de escravos que São
Vicente Férrer estava no contexto agroexportador do XIX.
Nas imagens
abaixo é possível observar ruínas de um engenho importante no Povoado Juçaral e
de um antigo engenho no Povoado Juçara, que foi herdado através das gerações e
hoje ainda é produtor de cachaça e alguns outros derivados.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Praça da Matriz de São Vicente Férrer
A Praça da Matriz de São Vicente Férrer foi construída na administração do prefeito Manoel Saraiva de Freitas e inaugurada em outubro de 1986.
Breve História da Igreja Matriz de São Vicente Férrer
A autorização para construção da Igreja Matriz data de 25 de outubro de 1830 e foi assinada pelo vigário encomendado Francisco de Paula e Silva, na época a povoação ainda era chamada de Frexeiras.
A Igreja já passou por processos de reconstrução no período do padre Eydes e também em 1960. As fotos disponíveis mostram a Igreja atualmente e os resultados das reformas mais recentes.
ARARUTA: SABOR VICENTINO ESQUECIDO
Esta semana o presente de um pote de fécula de araruta fez-me despertar para pesquisar mais a respeito desse alimento que há alguns anos era bastante produzido em São Vicente Férrer, meu pai inclusive tinha uma vasta plantação de araruta, mas ao longo dos anos foi perdendo a prática com essa produção, hoje em dia são poucos os agricultores que dedicam-se a esse tipo de plantio.
INFORMAÇÕES SOBRE A ARARUTA
"Araruta" é oriundo do termo aruaque aru-aru, "farinha de
farinha"
A araruta é uma planta
originária das regiões tropicais da América do
Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de
araruta nas Américas
há, pelo menos, 7 000 anos.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais,
mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas
com restrições alimentares ao glúten. Considerada como um alimento
de fácil digestão,
a fécula da araruta é usada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos.
Por esta característica, é indicada para idosos, crianças
pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode
se produzir papel
com a araruta.
Encontra-se em processo de extinção
devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho
de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando,
assim, o cultivo daquela planta.
O senhor Rosalino Mendes Diniz é um dos poucos agricultores que ainda
cultivam a araruta, ele mantem uma significativa plantação no Povoado Caminho
Novo e tem se preocupado em deixar para seus familiares mais próximos o desejo
de continuar cultivando esse gostinho vicentino que tem sido esquecido através
dos anos.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Inscrições na Plataforma Freire abertas de 11 de fevereiro a 18 de março
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNbcUGj6egJfFbdXpoTie29DOoA8ynh_IJjQhZuPjgCLpr54rU10FRheGOm3bPgqXEY6sKe3YXHsmf6I8J41RC5XmBfTfd4Y2GeuMrEI17w-AtI2CYAXyjkvm29nK9bR9W5MUPU6QPzp8/s320/307135-freire.jpg)
Professores de disciplinas extintas que atuam nas áreas supra-citadas também podem se inscrever.
Prezado Professor (a) Classe C, Classe B e de áreas extintas,
Para ter acesso a Plataforma Freire, o professor deverá fazer um cadastro no site. Para isso, clique aqui, ou acesse http://freire.mec.gov.br/index /calendario,
escolha uma opção e faça o preenchimento dos dados, como o CPF, Nome,
crie uma senha de acesso (com quatro letras e dois números), preencha um
campo destinado ao seu e-mail (se não tiver e-mail, crie na propria
Plataforma).
Após o Cadastro na Plataforma Freire, clique em Retornar à Plataforma Freire, clique em já sou cadastrado, informa CPF e senha e clica em autenticar, a partir dai aparecerá a tela principal da plataforma. Entre a série de ícones informativos, ele vai encontrar o currículo do professor.
Após estar cadastrado o professor terá uma diversidade de funções
úteis para vários programas de educação e aperfeiçoamentos básicos.
O período para inscrição é de 11 de fevereiro à 18 de março.
Vale ressaltar que a pré-inscrição não garantirá a matrícula. A
efetivação da matricula está condicionada à comprovação dos requisitos
para a participação e às normas e procedimentos acadêmicas da
Instituição de Educação Superior – IES ofertante do curso.
Reitor da UEMA e Coordenadora do Darcy Ribeiro recebem Prefeitos de 22 municípios sedes do Programa
![](http://www.pdr.uema.br/images/stories/visitareitor3.jpg)
Na próxima quarta-feira, 27, o Reitor da Universidade Estadual do
Maranhão e a Coordenação Geral do Programa Darcy Ribeiro, receberão
prefeitos e secretários de educação de 22 municípios que sediam o
Programa.
Com início às 14h, no auditório do
Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais da UEMA (CECEN), o
Encontro tem como meta apresentar a estrutura atual do Darcy Ribeiro aos
prefeitos e secretários de educação, bem como renovar os Convênios de
Cooperação Técnica firmados entre a UEMA e as prefeituras municipais.
“É
de suma importância a renovação da parceria entre a UEMA e as
prefeituras municipais, visto que, as prefeituras fornecem a
infraestrutura dos polos do Programa em cada município e a UEMA subsidia
os aspectos pedagógicos. A presença dos secretários de educação nesta
reunião também é fundamental, tendo em vista a presença de professores
advindos da Plataforma Freire cursando o Darcy Ribeiro”, afirma a
Coordenadora Geral do Darcy Ribeiro, Andrea Gomes de Azevedo Cutrim
O
Darcy Ribeiro atua hoje com o objetivo de diminuir o déficit de
professores no Maranhão; assim, possui 43 Polos de Ensino Superior
implantados nos municípios do Estado. Cada Polo do Programa congrega de
três a cinco municípios, em função das demandas, do limite de vagas, da
localização geográfica, da malha viária e das Unidades Administrativas
do Maranhão.
Com implantação no ano de 2009, o
Programa Darcy Ribeiro ocorre por meio de convênios, concretizando dessa
forma a parceria entre a UEMA, Prefeituras e Secretaria de Estado da
Educação: todos em prol da melhoria educacional do Maranhão.
Foram
convidados para a reunião os prefeitos e secretários de educação dos
municípios de Açailândia, Amarante do Maranhão, Arari, Barra do Corda,
Barreirinhas, Bequimão, Carolina, Cidelândia, Codó, Coelho Neto,
Cururupu, Grajaú, Icatu, Loreto, Mirinzal, Pinheiro, Porto Franco,
Rosário, São Bento, São Mateus, Timon e Viana.
O que? Reunião com Prefeitos e Secretários de Educação de 22 municípios que sediam o Programa Darcy Ribeiro
Quando?
Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Onde?
Auditório do CECEN-UEMA (Campus Paulo VI, São Luís-MA)
Lugar: Programa Darcy Ribeiro (Uema)/São Luís
Fonte: Ascom Darcy – Walline Alves
Data do Cadastro: 25/02/2013
XXVII Simpósio Nacional de História - ANPUH-BRASIL - 2013
a
Anpuh-Brasil tem a satisfação de convidar a comunidade de pesquisadores
para o XXVII Simpósio Nacional de História, evento que ocorrerá de 22 a
26 de julho de 2013 na UFRN, em Natal - RN.
O período de inscrições de propostas de simpósios temáticos e minicursos já se iniciou e irá até o dia 02 de dezembro de 2012. Acessem o site do evento: http://www.snh2013.anpuh.org/site/capa
III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista: impressos no Brasil do Século XIX
Já está no ar o site do III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista: impressos no Brasil do Século XIX, que acontecerá de 04 a 07 de junho de 2013:]Faça suas inscriçõesm em: http://www.outrostempos.uema.br/oitocentista/#
Acompanhe as datas:
Calendário
Inscrição de comunicações:
1 de março a 21 de abril de 2013.
Divulgação das comunicações aprovadas:
A partir de 5 de maio de 2013.
Inscrição de ouvintes:
6 de maio até 3 de junho de 2013.
Programação
Horário/Dia | 4/6 | 5/6 | 6/6 | 7/6 |
---|---|---|---|---|
09:00 12:00 | Credenciamento | Simpósios Temáticos | Simpósios Temáticos | Simpósios Temáticos - Encerramento |
14:30 16:30 | Credenciamento | Mesa Redonda 1 | Mesa Redonda 3 | - |
17:00 19:00 | Credenciamento | Mesa Redonda 2 | Mesa Redonda 4 | - |
19:30 | Solenidade de Abertura / Conferência | Lançamento de livros | - | - |
Conferência de abertura
Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves (UERJ)
Mesa Redonda 1 – Imprensa e escravidão: a abolição nos impressos
Humberto Fernandes Machado (UFF)
Isabel Cristina Ferreira dos Reis (UFRB)
Tatiana Raquel Reis Silva (UEMA)
Mesa Redonda 2 – Literatura de viajantes nas impressões do oitocentos
Alan Kardec Gomes Pachêco Filho (UEMA)
Candice Vidal e Souza (PUC-MG)
Glória Kok (UNICAMP)
Mesa Redonda 3 – Impressos na transição do mundo luso-brasileiro
Marcello Otávio Neri de Campos Basile (UFRRJ)
Marcelo Cheche Galves (UEMA)
Mesa Redonda 4 – Projetos políticos na construção do Império
Andréa Slemian (UNIFESP)
Regina Helena Martins de Faria (UFMA)
Yuri Costa (UEMA)
Simpósios
1. Imprensa, representações e identidades.
Dra. Tatiana Raquel Reis Silva (UEMA)
Resumo: Um longo debate acerca da utilização dos
jornais como fontes de pesquisa para a história inicia em fins do século
XX. Naquela conjuntura foi perceptível a importância dos periódicos
para o enriquecimento historiográfico, na medida em que possibilitavam
uma maior compreensão acerca dos comportamentos, representações e
práticas de uma dada sociedade. Dessa forma, os jornais se tornaram
fontes fundamentais para o estudo de temáticas diversas. Assim, o
presente simpósio tem como campo de debate questões ligadas a produção
de escritos sobre o gênero e representações acerca do feminino, práticas
culturais e festivas; a imprensa negra no pós-abolição, memórias da
escravidão e reconfiguração de identidades.
2. Produção, posse, comércio e circulação de impressos no Brasil oitocentista.
Dr. Marcelo Cheche Galves (UEMA)
Resumo: Esse simpósio se insere no trabalho enfrentado
por pesquisadores nos últimos anos no intuito de recuperar registros, e
oferecer interpretações, sobre uma sociedade letrada, já na transição do
mundo luso-brasileiro nas primeiras décadas do XIX. Distantes de uma
história por vezes acusada de “elitista”, interessa-nos a difusão da
palavra escrita (e ouvida) nos debates políticos, nas práticas
comerciais – incluindo a comercialização dos próprios impressos, no
âmbito familiar e na difusão de uma literatura oscilante entre o livro e
o folhetim. Assim, priorizaremos trabalhos voltados para a análise de
jornais e folhetos, círculos literários, comércio de livros, trajetória
de publicistas e outras temáticas relacionadas à produção, posse,
comércio e circulação de impressos ao longo do oitocentos.
3. O espaço da política nos estudos sobre os Oitocentos.
Dra. Regina Helena Martins de Faria (UFMA)
Resumo: Até o início do século XX, a produção
historiográfica era basicamente de história política. Sob influência da
chamada Escola dos Annales e das abordagens marxistas, as temáticas
políticas perderam importância, tornaram-se (mal)ditas. Porém, nas
últimas décadas, elas voltaram a despertar o interesse dos historiadores
e vive-se o que foi denominado “retorno da história política”. As
velhas temáticas ressurgiram, trabalhadas com novos questionamentos,
novas fontes e abordagens. E novas temáticas são construídas num
movimento incessante, que se beneficia do diálogo interdisciplinar que a
história trava com a Filosofia, a Ciência Política, a Sociologia, a
Antropologia, o Direito e outros saberes. Nesse contexto, este seminário
temático se propõe ser um espaço de diálogo para historiadores e
estudiosos de outras áreas das ciências humanas e sociais, que tenham
pesquisas acerca de temas e abordagens relacionadas ao mundo da política
nos Oitocentos, a saber: Estado, micro poderes, jogos políticos,
cultura política e ideias políticas.
4. História e Literatura.
Dr. José Henrique de Paula Borralho (UEMA) / Dra. Ana Maria Koch (UFPI)
Resumo: Este simpósio tem por objetivo reunir estudos
sobre as relações entre História e Literatura no Brasil do século XIX a
partir de como esses campos produzem categorias analíticas para a
compreensão do Brasil naquela centúria, pensando questões como raça,
meio, identidade e desempenho de políticas públicas feitas por
literatos.
5. História, sertão e memória.
Dr. Alan Kardec Gomes Pachêco Filho (UEMA)
Resumo: Este simpósio pretende reunir estudos sobre o
sertão brasileiro no século XIX, a partir de concepções como cultura
política, memória sertaneja e compreensão do papel dos rios na formação
de uma rede de comércio regional e nacional.
6. Sociedade, Economia e Trabalho no Brasil Oitocentista.
Dr. Théo Lobarinhas Piñeiro (UFF)
Resumo: Os estudos em História Econômico-Social estão
retomando vigor nos últimos anos, o que certamente se liga às sucessivas
crises ocorridas nas últimas décadas. A renovação dos objetos e
metodologias, a abrangência de perspectivas teóricas e os novos debates –
tanto no campo da História, quanto da Economia – possibilitaram
releituras e contribuições para a área.
Particularmente o século XIX tem se revelado como um momento
chave na construção das múltiplas formações econômico-sociais do Brasil.
Diversidade e estudos regionais, crescimento econômico, modernização
versus permanência, relações mercantis e de produção são alguns dos
objetos que essa renovada História Econômico-Social têm lançado novas
luzes. O Simpósio Sociedade, Economia e Trabalho no Brasil Oitocentista
se estrutura a partir de quatro eixos: 1) Teoria e Metodologia em
História Econômico-Social; 2) Instituições econômicas: agentes e
agências; 3) Políticas Públicas; 4) Produção, Comércio e Crédito 5)
Escravidão e Trabalho Livre.
7. As instituições escolares no Maranhão oitocentista.
Dr. César Augusto Castro (UFMA)
Resumo: Os estudos históricos sobre as instituições
escolares têm se constituído num campo relevante para a História da
Educação brasileira e maranhense. Compreender os processos de
constituição da escola e os seus diferentes materiais, sujeitos e
conteúdos curriculares contribui para entendermos o lugar e as lutas
para organização do espaços escolares destinados a atender públicos
vários como o infantil, o adolescente e o feminino. Esse simpósio
temático objetiva reunir trabalhos que tenham como foco a história da
escola, seus artefatos de leitura e escrita, seus agentes e ideias em
circulação nos oitocentos.
8. Culturas, Representações, Festas, religiosidades e cotidiano no Brasil oitocentista.
Dra. Julia Constança Pereira Camêlo (UEMA)
Resumo: A História Cultural é, atualmente, um
consolidado campo de produção historiográfica. Dentro desta perspectiva,
o presente simpósio temático visa contemplar apresentações de
comunicações orais que perpassam discussões acerca do universo cultural
brasileiro no século XIX. O simpósio temático será articulado em eixos
que versam sobre a cultura popular e institucionalizada, literatura,
religiosidades, festas e cotidiano.
9. Catolicismo no Brasil Oitocentista: Fontes, Arquivos e Abordagens históricas. Dr. Lyndon de Araújo Santos (UFMA)
Ms. Joelma Santos da Silva (IFMA – Santa Inês)
Resumo: Este simpósio temático propõe-se discutir,
desde a perspectiva histórica e da prática historiográfica, as fontes e
os arquivos disponíveis para a pesquisa sobre o catolicismo no Brasil. A
constituição e a configuração das fontes documentais, bem como o
processo e as formas de organização destas em arquivos, sobretudo os
Arquivos Públicos, são objetos de análise para os historiadores. Esta
análise precede necessariamente às abordagens históricas sobre a
religião católica em suas variadas manifestações no cotidiano da
sociedade oitocentista brasileira. Este cotidiano foi permeado de
relações sociais atravessadas pelos valores religiosos de matriz
católica-romana, pelas representações simbólicas do imaginário religioso
e pela presença da instituição religiosa por meio de sua hierarquia.
Sendo assim, a discussão a partir da análise das fontes se dará também
sobre a própria historiografia religiosa produzida com base nestas
fontes. Outras temáticas serão contempladas tais como as relações entre
Igreja e Poder Público, ensino religioso e instrução pública,
catolicismo e outras religiões (protestantismo, cultos afro,
espiritismo).
10. Festas, Rituais e Impressos.
Dr. Antonio Evaldo Almeida Barros (UFMA)
Resumo: Os repertórios e organizações festivos,
ritualísticos e comemorativos podem constituir ocasião significativa
para se perceber especificidades dos processos sociais em diferentes
tempos e espaços, sendo capazes de traduzir experiências, expectativas e
imagens sociais daqueles que os realizam, apresentando-se como objeto
privilegiado das Ciências Humanas e, cada vez mais, da Historiografia,
para se estudar e reconstituir os movimentos de uma determinada
coletividade, população, região, nação. Através da análise desses
repertórios pode-se perguntar sobre como as pessoas interpretam o mundo,
conferem-lhe significado e lhe influem emoção, afinal, como sugeriria o
historiador Robert Darnton, as pessoas pensam com coisas ou com
qualquer material que sua cultura lhes ponha à disposição, como
histórias e cerimônias. Portanto, este simpósio, no qual se pretende
continuar reflexões sobre o festivo anteriormente realizadas – a exemplo
da Mesa Redonda “Festas, Rituais e Identidades” (Encontro Humanístico,
UFMA, 2009) e do ST “Festas, Rituais e Comemorações” (ANPUH-MA 2012),
consiste num espaço aberto para análises acerca desses fenômenos plurais
no Brasil oitocentista, destacando-se seu registro e disseminação
particularmente na produção escrita e imagética do período. Através e em
conjunto com o mundo impresso do Brasil do século XIX é possível
analisar esses fenômenos, que provocam reações variadas dependendo dos
contextos e circunstâncias nos quais ocorrem, manifestando-se como
ocasião particular para se reconstituir experiências de diferentes e
desiguais sujeitos e para se perceber, de maneira particular, visões de
mundo e práticas dos setores, grupos e sociedades que os realizam.
Procurador fala sobre ação para anular lei em São Vicente Ferrer, MA
![]() |
Juraci Guimarães Júnior fala sobre ação para anular lei (Foto: Paulo Soares/O Estado) |
O procurador da República no Maranhão, Juraci Guimarães Júnior, falou ao G1 sobre a ação para anular uma lei municipal aprovada em São Vicente Ferrer, MA. Matéria exibida no Jornal Nacional do último sábado (23) mostrou que a Câmara de Vereadores local autorizou uma lei que proíbe a fiscalização de motociclistas na cidade e, ainda, permite que os condutores transitem sem habilitação. (Veja no vídeo abaixo)
Juraci Júnior interpreta que a lei deveria ser nula, já que conflita
com o Código de Trânsito Brasileiro. No entanto, como foi aprovada,
somente os meios processuais podem anulá-la agora. "É necessária uma
ação específica, que foi encaminhada à Procuradoria Geral da República
(PGR) e vai ser enviada para avaliação do Supremo Tribunal Federal
(STF). É uma lei que só o STF pode afastar. Estamos alegando a
inconstitucionalidade, já que o caso trata de preceitos fundamentais
como a proteção à vida, à integridade física da população, na contramão
da proteção à saúde", declarou.
A lei, segundo o procurador, usurpa a competência do Congresso
Nacional. "Proibir blitzen, andar de moto sem habilitação, são
autorizações que vão além da competência da câmara, que só pode agir em
questões de trânsito como sentidos, vias, e não sobre uma lei nacional
que trabalha com o Código de Trânsito Brasileiro", explicou.
O procurador disse ainda esperar que, com a repercussão negativa, a
própria Câmara de Vereadores reverta a decisão e revogue a lei. "Foi uma
surpresa quando o Ministério Público do estado nos informou. Sabemos a
realidade dos municípios do interior, que é comum que as pessoas andem
sem capacete e sem habilitação, é uma realidade. Mas é inaceitável que a
própria câmara municipal incentive essa conduta, incentive a
banalização da vida", disse.
Ele lembrou ainda que é a falta de rigor em fiscalizações que torna
possível incidentes como o ocorrido na boate em Santa Maria, RS, onde
mais de 200 jovens morreram após incêndio. "É uma exigência da sociedade
brasileira, que clama por mais rigor nas fiscalizações. Uma forma de
garantir a proteção à vida, à integridade das pessoas, e a lei vai na
contramão disso", completou.
Entenda
Em 2011, ao tomar ciência da falta de fiscalização na cidade, o
promotor de Justiça Tharles Alves realizou uma audiência pública para
discutir com o Departamento de Trânsito do Maranhão (Detran-MA), com os órgãos locais de fiscalização e com a sociedade, soluções para o trânsito caótico na cidade.
Vendo a movimentação da promotoria, que pretendia tornar mais rigorosa a
fiscalização no trânsito, os vereadores então propuseram o projeto de
lei nº 008/2011, apresentado pelo vereador José Carlos Pinheiro Alves. A
proposta foi aprovada em agosto de 2011 pela câmara municipal e a lei,
sancionada pela prefeitura municipal. Fonte: G1
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
O HUMOR:UMA EXCELENTE FERRAMENTA DE CRÍTICA
![risada](http://www.portalangels.com/educacao/wp-content/uploads/2011/12/risada.jpg)
26 de fevereiro, dia do comediante
Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar
um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral,
“comédia” é o que é engraçado, que faz rir.
História
Uma das principais características da comédia é o engano.
Frequentemente, o cômico está baseado no fato de uma ou mais personagens
serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai
sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público (que sabe de
tudo) vai rindo cada vez mais.
Comédia grega
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte
era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da
tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para
diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata
essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os
homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado
através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os
antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de
tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na
sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas
da platéia.
A importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a
todo tipo de ideia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu
surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia:
governantes, nobres e nem ao menos os Deuses (como pode ser visto, por
exemplo, no texto As Rãs, de Aristófanes).
Atualmente
Hoje a comédia encontra grande espaço e
importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera:
política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é
extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da
indústria do entretenimento.
Assim, atualmente, não há grande distinção entre a importância
artística da tragédia (mais popularmente conhecida simplesmente como
drama) ou da comédia. Em defesa do gênero, o crítico de artes Rubens
Ewald Filho lembra o ditado: “Morrer é fácil, difícil é fazer comédia”.
De fato, entre os artistas, reconhece-se que para fazer rir é necessário
um ritmo (conhecido como timing) especial que não é dominado por todos.
É difícil analisar, cientificamente, o que faz uma pessoa rir ou o
que é engraçado ou não. Mas uma característica reconhecida da comédia é
que ela é uma diversão intensamente pessoal. Para rir de um fato é
necessário re/conhecer (rever, tornar a conhecer) o fato como parte de
um valor humano – os homens comuns – a tal ponto que ele deixa de ser
mitológico, ameaçador e passa a ser banal, corriqueiro, usual e pode-se
portanto rir dele. As pessoas com frequência não conseguem achar as
mesmas coisas engraçadas, mas quando o fazem isso pode ajudar a criar
laços poderosos.
O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau
de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um
indivíduo.
A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos.
Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro
fluidos corporais (ou humores) que se considerava serem
responsáveis por regular a saúde física e emocional humana.
O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões
e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da
condição humana. O homem é o único animal que ri, e através dos
tempos a maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes
e correntes de pensamento.
Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba
paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sócio-cultural.
Expressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de
uma época, como é o caso, por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do brasileiro Martins Pena.
Um estudo do humor
Apesar de o humor ser largamente estudado, teorizado e discutido por
filósofos e outros, permanece extraordinariamente difícil de
definir, quer na sua vertente psicológica quer na sua expressão,
como forma de arte e de pensamento. Na verdade, o que é que o
distingue de tantos outros aspectos do cômico, como a ironia ou a
sátira? A ironia é uma simulação sutil de dizer uma coisa por
outra. A ironia não pretende ser aceita, mas compreendida e
interpretada. Para Sócrates, a ironia é uma espécie de “docta
ignorantia”, ou seja, “ignorância fingida” que questiona sabendo a
resposta e orientando-a para o que quer que esta seja. Em
Aristóteles e S. Tomás de Aquino, a ironia não passa de uma forma
de obtenção de benevolência alheia pelo fingimento de falta de
méritos próprios.
A partir de Kant, assentando na ideia idealista, a ironia passa a ser
considerada alguma coisa aparente, que como tal se impõe ao homem
vulgar ou distraído. Corrosiva e implacável, a sátira é utilizada
por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma
divertida, para fulminar abusos, castigar, rir, os costumes,
denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes,
vingar injustiças& Umas vezes é brutal, outras mais sutil.
Já o humor é determinado essencialmente pela personalidade de
quem ri. Por isso, pode-se pensar que o humor não ultrapassa o campo
do jogo ou os limites imediatos da sanção moral ou social, mas
este pode subir mais alto e atingir os domínios da compreensão
filosófica, logo que o emissor penetre em regiões mais profundas,
no que há de íntimo na natureza humana, no mistério do psíquico, na
complexidade da consciência, no significado espiritual do mundo
que o rodeia.
Pode-se, assim, concluir que o humor é a mais subjectiva categoria
do cómico e a mais individual, pela coragem e elevação que
pressupõe. Logo, o que o distingue das restantes formas do cómico é
a sua independência em relação à dialéctica e a ausência de
qualquer função social. Trata-se, portanto, de uma categoria
intrinsecamente enraizada na personalidade, fazendo parte dela e
definindo-a até. É por isso que se diz Há tantos humores como
humoristas..
Ludus est necessarius ad conversationem humanae vitae. O humor é
necessário para a vida humana. (S. Tomás de Aquino) Através desta
afirmação, percebe-se que, da mesma maneira que o sono está para o
repouso corporal, também o humor está para o repouso da alma. Esta
analogia entre o sono e o humor é bastante explícita, no que diz
respeito à importância do humor na vida do Homem. É por isto que o
humor é considerado por S. Tomás de Aquino um “bem útil”, e
prossegue, considerando ainda que o humor pode ser um vício por excesso,
ou seja, por falta de controlo e medianiedade no uso deste.
Aqueles que exageram no brincar tornam-se inoportunos, por querer
fazer rir constantemente, ao invés tentar não dizer algo imoral e
mesmo agressivo para com aqueles a quem a brincadeira é dirigida. O
humor pode também ser um vício por ausência deste. Aqueles que
carecem de humor, irritam-se com os que o usam e tornam-se frios e
distantes, não deixando a sua alma repousar pelo uso do humor. Como
no meio é que está a virtude, aqueles que usam convenientemente o
humor, têm a capacidade de converter as coisas que se dizem ou
fazem em riso.
Teorias do humor
Teorias da superioridade
Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da
sensação de superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma
situação. Traduz-se o riso como uma resposta a uma “gloria
repentina” advinda da percepção de superioridade por parte do
indivíduo. A superioridade pode se dar não somente pela depreciação
do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como
em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo
gramaticais.
Teorias da incoerência
A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação
cômica, sendo a mesma identificada como uma “experiencia frustrada”.
Immanuel Kant alegava que o humor surge da “transformação
repentina de uma grande expectativa para o nada”. O humor é tido
como a dissolução violenta de uma atitude emoção, que e produzida
pela associação de duas idéias inicialmente distantes. Segundo
estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente
mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se
estabeleça forte relação entres ambos.
Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial
que este esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na
piada. Da mesma forma, o comediante, deve se inteirar sobre os aspectos
sócio-culturais do público para que consiga estabelecer relações
inusitadas para aquela plateia, uma vez certas relações podem
parecer inusitadas para um grupo e não para outro.
Teorias do alívio
Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que esta
tensão é resultado da ação da “censura”, nome que deu às
proibições internas que impedem o indivíduo de dar forma aos seus
impulsos naturais. Segundo Freud, o humor, seria uma forma de
enganar a censura e portanto provocar alívio e por conseguinte o
riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada
por uma idéia que não denote algo proibido. Como um insulto dito
como um elogio. Fonte: Portal Angel
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